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O Brasil é um pais de misturas, para o bem e para o mal. Ultimamente estamos vivendo as sequelas do mal destas misturas. Olhando as tragédias cotidianas e o desgaste moral das pessoas sentimos a dor da inércia e da culpa por não termos nos educado para nos desenvolvermos como povo.
Mas olhando para o lado benéfico desta mistura, podemos voltar a nos orgulhar como gente, porque percebemos que apesar desta falta de educação temos uma identidade. Uma nobre identidade. A identidade das mistura que está em nosso DNA e nos faz ainda teimosamente acreditar em nós mesmos.
Dito isto, agora posso falar sobre João Bosco. Mineiro de descendência paquistanesa e coração carioca, Joao Bosco se identifica como o menino e homem observador de nossa alma, de nosso chão e nosso céu.
Traduz em suas músicas todos os nossos brancos e negros sentimentos. Sua música é orgânica, o que faz muito bem aos nossos ouvidos em um mundo excessivamente informatizado. Orgânica na alma do seu violão magistralmente tocado. Orgânica na voz que brinca com dialetos próprios que nos remete a nossas raîzes africanas, lusitanas e indígenas. Ouvir sua vasta discografia é entender um pouco mais sobre a alma brasileira. É perceber que somos todos um só, pois não é possível perceber uma identidade regional na sua música. Basta fechar os olhos e confirmar esta teoria. Sua música não é mineira ou carioca baiana ou do sul . Sua música é brasileira e poderia facilmente ser enviada naquele pacote para a lua como representação máxima de nossa identidade e estado de espírito. Digo isso como brasileiro, como carioca que ama a música brasileira.
João Bosco é a melhor tradução de nossa alma e traz um tanto de orgulho e esperança em nós mesmos… o povo brasileiro.
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